Em “One Minute Show Time” não existem cenários impossíveis.
O título que dá nome a esta curta metragem partiu de uma ideia anterior que surgiu a uma das realizadoras, onde, numa sociedade distópica, os habitantes despendiam apenas de um minuto para demonstrar a sua habilidade, podendo ficar à espera até ao final das suas vidas. Em “One Minute Show Time” não temos esse mote, mas o mesmo serviu de catalizador para a ideia, criar algo como se tivéssemos apenas um minuto para o mostrar.
O objetivo é explorar o imaginário, recorrendo ao absurdo e ao surrealismo.
Maria Clara Norbachs, nasceu a 04 de junho de 1998, em Cascavel, Paraná - Brasil.
Até ao presente momento, assumiu, em trabalhos inseridos no Curso de Cinema da Universidade da Beira Interior, o cargo de Diretora de Fotografia em "Amira", por Larissa Leite e Clara Borges, em 2017, ainda na mesma posição técnica participou no projeto experimental, "MALDITO", de Lídia Neta e Mário Fonseca, em 2018.
Trabalhou como Co-realizadora, Diretora de Fotografia e Montadora no curto documentário "Flor de Lótus" e na animação “One Minute Show Time”, onde esteve também encarregue da técnica de animação Digital.
Marisa Alves Pedro, nasceu a 27 de janeiro de 1997, em Castelo Branco.
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Até ao presente momento, assumiu, em trabalhos inseridos no Curso de Cinema da Universidade da Beira Interior, o cargo de Realizadora em "homem.", uma curta metragem que surge do desafio de criação de uma curta metragem num só espaço, em 24h; “Guardiã de Jasmim”, um filme mudo de época, sobre um sem abrigo que, por obra da sorte, encontra uma maneira de alterar o seu destino e "Flor de Lótus", um documentário que retrata os traços da idade, onde também exerceu o cargo de Produtora.
Finalmente, em 2019 trabalha como Realizadora, Produtora e Diretora de Arte em “One Minute Show Time”, uma animação de recortes inspirada nas obras de Terry Gilliam, onde esteve também encarregue da técnica de animação Stop Motion.
Telmo André Mendes, nasceu a 20 de Agosto de 1993, em Vila Franca de Xira, Lisboa.
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Até ao presente momento, assumiu, em trabalhos inseridos no Curso de Música, Variante Musica Electrónica e Produção Musical da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco, o cargo de compositor para colecções finais de alunas do curso de Design de Moda e Têxtil, nos anos 2016 2017.
Em 2018 estreia-se a compor para filme com a curta metragem "Guardiã de Jasmim", através de uma parceria entre a UBI e a ESART.
Em 2019, pela segunda vez, trabalha com Marisa Alves Pedro em "One Minute Show Time", desta vez a pedido da mesma.
Uma Viagem ao Imaginário
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A Universidade da Beira Interior apresenta One Minute Show Time, uma curta metragem baseada nas animações do realizador norte-americano Terry Gilliam.
Esta curta metragem de animação stop motion, foi criada, co-produzida e co-realizada por duas alunas de terceiro ano do curso de Cinema da Universidade da Beira Interior, Maria Clara Norbachs e Marisa Alves Pedro, no âmbito da cadeira de Projeto 2.
Em One Minute Show Time o objetivo é explorar o imaginário, recorrendo ao absurdo e ao surrealismo, com o propósito de envolver o espectador num cenário utópico, repleto de cenas e situações bizarras, tudo isto, utilizando cerca de trezentos recortes retirados de jornais, revistas e livros.
One Minute Show Time, de Maria Clara Norbachs e Marisa Alves Pedro, é uma curta metragem de animação produzida no ano de 2019, para a Universidade da Beira Interior. Fundamentada nas obras animadas do realizador norte-americano Terry Gilliam, trata-se de uma curta metragem que utiliza a técnica de stop motion sendo, desta forma, criada a partir de uma variante da mesma, nomeadamente a animação cutout, conseguida a partir de recortes.
O fator que prende a atenção do espectador é a apresentação de elementos completamente surrealistas, desde gatos num jogo de “Pong”, a figuras de pinturas que servem de estação de lançamento de foguetões, tudo isto com o objetivo de transmitir ou explorar o mundo do imaginário. As realizadoras apresentam, portanto, cenas absurdas que por vezes mostram elementos que acarretam alguma carga critica a nível social ou cultural, tais como a cruz suástica ou a tourada.
Recebendo fortes influências do movimento surrealista, movimento que tem como características fundamentais o maravilhoso, o inconsciente e o automatismo, tanto a nível da arte como do cinema, One Minute Show Time pretende, através de vários fatores, transmitir estas influências. Primeiramente não possui uma narrativa linear, ou seja, a maioria das suas cenas não possuem qualquer conexão, em segundo lugar, tenta alcançar a ironia ou até o humor negro combinando certos fatores nas cenas em si, que não existiriam na realidade como a conhecemos, finalmente, alguns dos seus cenários parecem ter sido parcialmente criados de uma maneira inconsciente e natural. A utilização da técnica de stop motion ou paper cut em conjunto com a animação digital formam um equilíbrio essencial para que as cenas fiquem completas a nível estético, também a banda sonora parece acompanhar estas características anteriores ao possuir várias melodias distintas. A nível da sua temática, podemos observar que se relaciona com a sua influência principal, o realizador Terry Gilliam, pois não só a curta metragem utiliza a mesma técnica, como também pretende alcançar um mundo irreal semelhante ao que é criado pelas obras ou sketches do realizador. Apesar de, em algumas cenas, se denotar alguma inexperiência a nível da técnica utilizada, nomeadamente nas cenas mais curtas ou mais rápidas, relembrando que se trata de uma produção académica, a obra, como sugerem as suas realizadoras, alcança uma certa irrealidade e principalmente explora o mundo do fantástico que cada espectador pretender alcançar.
